Oficina de abafadores

Já ouviu falar nos abafadores, uma ferramenta usada para apagar as chamas em vegetações rasteiras? Quem conta sobre este assunto é a brigada de incêndio da Simbiose, em parceria com a Escola Terra Brasil. O município fica no meio de serras, um local onde as florestas nativas encantam e abrigam diversas espécies animais e vegetais da Mata Atlântica.

“Todos os anos, a Serra do Itapetinga costuma pegar fogo, afetando a fauna e a flora da cidade”, conta a professora Manuela M. R. Venancio.  Com a finalidade de incentivar o cuidado com as matas, os voluntários da Simbiose realizaram a oficina de abafadores na escola. No final da atividade, as ferramentas foram doadas para a brigada de incêndio.

A Serra do Itapetinga começa no parque Estadual da Cantareira e vai até o parque Estadual Itapetinga. É exatamente neste ponto que o pessoal da cidade se conecta com a Mata Atlântica. Afinal, é de lá que vem a água que abastece algumas cidades mineiras, a capital paulista e os municípios que fazem parte da região metropolitana de São Paulo. Pode acreditar: nos últimos meses, mesmo com tanta chuva, ainda falta completar cerca de 54% de água para o reservatório do Sistema Cantareira ficar cheio. Quem informou foi a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

AFINAL, QUEM É A SIMBIOSE?

A OSCIP Simbiose é uma organização que cuida da Serra do Itapetinga desde 2005. Os voluntários da brigada já combateram cerca de mil incêndios nos últimos 17 anos, entre os municípios de Atibaia e Bom Jesus dos Perdões. Os últimos anos foram os piores, porque choveu pouco na região. “Antes de tudo, é muito importante preparar as crianças para que elas apoiem este movimento. Além disso, mostrem aos seus pais, família e amigos a importância de preservar o verde para a nossa cidade, país e para o mundo”, diz Igor Duarte, da Simbiose.

ABAFANDO O FOGO DA MATA

“Hoje vamos fazer uma atividade de educação ambiental com os alunos do 5o ano”, explica a professora Vanessa Moraes Camargo. Depois da oficina, todos contaram o que aprenderam.

Primeiramente, o aluno Leonardo Ramalho apresentou os materiais para fazer o abafador caseiro. “Você vai precisar de um bambu, de preferência seco, para não ter o risco de quebrar quando for apagar o fogo. Vai precisar também de uma mangueira de bombeiro cortada em tiras para quando você bater, tirar o oxigênio. Depois disso, é só enrolar a mangueira no bambu, furar com uma furadeira, amarrar com o arame e está pronto.”

Já a Valentina Castro lembrou de uma informação importante: “Quando as mangueiras não são mais usadas pelos bombeiros, eles doam para a Simbiose reutilizar.”

Além de aprender a fazer um abafador, a turma entendeu por que o desmatamento e as queimadas pioram a qualidade do ar.  Miguel Pimenta lembra que os humanos respiram oxigênio e soltam o gás carbônico. Por fim, a aluna Maria Luiza Provazi conclui o pensamento: “Sem o verde, não tem como respirar, né?”

CURIOSIDADE: No dia 27 de maio de 1560, o Padre Anchieta descreveu pela primeira vez sobre a beleza e biodiversidade das florestas tropicais nas Américas na Carta de São Vicente. Por isso, celebramos nesta data o Dia da Mata Atlântica.

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